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sábado, 10 de dezembro de 2022

O QUE É MITO E O QUE É MITOLOGIA?

Há alguma ironia e até um trocadilho divertido quando pensamos nos principais mitos da mitologia. Mas aqui vamos nos ater aos equívocos, a alguns conceitos que foram propagados de maneira meio torta, mas que acabaram se embaralhando com o que é mitológico de verdade.

Muitas histórias e personagens eram populares em épocas em que não era lá muito comum registrar tudo, como fazemos na internet ao publicar aquele tuíte pra posteridade. Com isso, as lendas acabaram se rendendo às interpretações e reinterpretações das pessoas, como num telefone sem fio que acabou se perpetuando.

7 Mitos mitológicos

Além do telefone sem fio de gregos e romanos, propagados em toda a sua influência no mundo ocidental, algumas licenças poéticas de obras como livros, filmes e séries acabaram confundindo muita gente em relação a algumas noções de mitologia. A seguir a Caveira elucida algumas delas:

1. Mitologia grega e romana são a mesma coisa

Você provavelmente aprendeu nas aulas de história que os romanos “pegaram emprestado” muitos deuses e histórias dos gregos. Vênus é a versão romana de Afrodite, Júpiter é equivalente a Zeus, Mercúrio é Hermes, Marte é Ares e a lista vai longe. Por causa disso, muita gente acha que ambas mitologias são apenas mais um caso de “copia, mas não faz igual”, o que não é completamente verdade.

Uma diferença é a de que os romanos acreditavam que praticar o bem durante a vida garantiria o seu lugar entre os deuses na vida eterna, ou seja, eles adoravam os próprios ancestrais como figuras praticamente divinas. Os gregos não pensavam muito na vida após a morte e não reverenciavam divindades menos conhecidas ou que não fossem heróis.


2. Zeus era um deus todo-poderoso

Por causa das religiões monoteístas que se difundiram no ocidente, muitas dessas projeções acabaram sendo jogadas para os deuses gregos. O exemplo mais simbólico é a ideia de que Zeus seria uma espécie de deus todo-poderoso, com muito mais poder do que seus colegas do Olimpo.

Porém, Zeus era descrito como uma divindade com muitas qualidades bem humanas, ou seja, ele não podia controlar algumas coisas como outros deuses ou o destino. Mas ele podia se transformar em animais, o que já é algo bem legal.

zeus
Copyright (c) 2017 IMG Stock Studio/Shutterstock

3. Hades era malvado

A não ser que você esteja falando daquela animação da Disney sobre o Hércules, em que Hades foi colocado no papel de vilão, não tem por que acreditar numa coisa dessas. Essa ideia também vem de religiões monoteístas que cultivam a ideia de bem/mal. Se Zeus era o deus do bem, Hades só poderia ser o antagonista malvado, certo? Errado.

Hades era apenas o deus que guardava o submundo. Aliás, esse emprego foi dado pelo próprio Zeus, então ele só estava ali cumprindo o seu trabalho. Hades tem até seus momentos, como quando permitiu que Orfeu buscasse sua esposa de volta do mundo dos mortos (não é culpa de Hades que Orfeu quebrou o acordo ao olhar para ela na saída). 

Ok, teve aquela vez em que ele sequestrou a Perséfone. Fazer o quê? Ele não é perfeito e isso não foi nada muito diferente das coisas que os outros deuses aprontaram, incluindo Zeus!

Hades
Créditos: Disney

4. Todos os deuses eram fictícios

Na mitologia grega há diversos registros, principalmente em poemas, de personagens descritos como semideuses, mas que na verdade não tinham nada de muito divino. Na maioria dos casos eram pessoas reais que foram consideradas heróis e heroínas, que acabavam se confundindo nas descrições como alguém divino. Os romanos, por exemplo, declaravam que várias pessoas reais eram semideuses, como Júlio César e Pompeu.

5. Todos os gregos acreditavam nos mesmos deuses e histórias

Vamos combinar que nem todos os cristãos compartilham completamente suas crenças? Uns acreditam em santos, outros não, por exemplo. Então por que os gregos precisariam acreditar nos mesmos deuses e lendas? Além disso, há a própria passagem do tempo e evolução da mitologia

Estudiosos acreditam que essas crenças começaram por volta de 2000 a.C., só que quando Homero escreveu Ilíada Odisseia, entre 800 e 700 a.C., muita coisa já havia mudado. Além disso, os impérios aos quais a sociedade grega pertenceu eram muito grandes, então seria muito difícil manter uma consistência na mitologia em todos os lugares ao mesmo tempo

deuses gregos
Créditos: Stapleton Collection/Corbis

6. Pandora abriu uma caixa que liberou o mal para o mundo

Em primeiro lugar nem era uma caixa, e sim um jarro. O mito apareceu pela primeira vez no poema de Hesíodo “Os Trabalhos e os Dias”, escrito por volta de 700 a.C., e cita que Pandora abre um pithos, a palavra grega para designar um jarro grande

Embora a parte de liberar o mal para o mundo seja verdadeira, houve uma tradução para o latim feita no século XVI por Erasmo de Roterdã que mudou o objeto para uma caixa, do jeito que você provavelmente já conhece.

PANDORA
Imagem de domínio público

7. Os mitos antigos morreram há muito tempo

As religiões gregas, da maneira que existiam no mundo antigo, acabaram sumindo por volta do século IX, com o avanço de religiões monoteístas, principalmente o Cristianismo difundido pelo Império Romano. Mas isso não significa que toda essa mitologia tenha se perdido, ela acabou adotando novas formas e sobrevivendo aos séculos.

Um exemplo bem conhecido é a realização das Olimpíadas, que originalmente eram um festival em homenagem a Zeus. Além disso, o próprio Cristianismo está repleto de influências greco-romanas. Jesus Cristo tem vários pontos em comum com Dionísio, deus do vinho, dos rituais e da fertilidade. Há quem acredite que as passagens bíblicas que mencionam a bebida são a maneira dos cristãos de dizerem que Jesus era melhor que o deus grego. 

As próprias festividades de Natal e Ano Novo projetam costumes do Saturnália, um festival romano em homenagem ao deus Saturno — e um paralelo ao solstício de inverno. As crenças podem até mudar conforme o tempo, mas a mitologia permanece viva no mundo moderno.


FONTE: https://darkside.blog.br/o-que-e-mito-e-o-que-e-mitologia/

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Deuses podem encarnar? Deuses Encarnados existem?



O seguinte texto, é uma canalização trazida por Benjamim Teixeira através do Espírito Temistocles em 18 de fevereiro de 2004 disponível no site: saltoquantico.com.br. 

Texto muito atual e verossímil. Condizente com a realidade do momento atual transicional da Terra, onde tantos seres de grande evolução estão sendo revelados em sua essência. 

Já falamos aqui neste blog de Anjos Encarnados, mas será que Deuses, Divindades Mitológicas poderiam encarnar? Vamos descobrir?



Instituições Vivas.


18 de fevereiro de 2004 | Espírito Temístocles, Mensagens inesquecíveis


Benjamin Teixeira pelo espírito Temístocles.


Eles são poderosos e hipnóticos. Seu olhar pode ser assustador e encantador ao mesmo tempo. Carismáticos, fascinantes, envolventes, influentes, cheios de vida, alma e significado. Com inteligência visivelmente acima da média, costumam apresentar várias habilidades incomuns; e portam sentimentos e emoções em ebulição, qual se fossem um vulcão em perene erupção. Na verdade, constituem uma categoria mais complexa, avançada e desenvolvida de seres humanos, assim como temos, dentro do estudo dos insetos sociais, na entomologia, a classe das formigas e a da formiga-rainha, ou a classe da abelha-operária e a da abelha-rainha. Mais sofisticados e intrincados, são capazes de abarcar, em si, funções existenciais e vetores mentais que enlouqueceriam ou levariam à morte prematura criaturas normais. Com um poder psíquico fora do comum, assimilam a alma coletiva e a representam, solapando seus traços egóicos, em função dos interesses coletivos. De uma perspectiva de psicologia arquetípica e numa análise mitológica-simbólica, seriam eles deuses encarnados ou por eles se manifestariam as vozes dos deuses, enquanto os demais seriam meros mortais.

Grandes líderes da humanidade sempre foram figuras dessa natureza. Não tinham sempre consciência de serem quem eram. Por isso, acabaram por, paradoxalmente (eis o seu lado sombrio) arrasar pessoas em torno de si, involuntariamente, a ponto de o especialista em inteligência humana Howard Gardner dizer que os gênios têm a curiosa tendência de devorar vidas em torno de si, embora não-intencionalmente. Completamente voltados para a realização de uma tarefa gigantesca que os possui, com um senso de propósito extraordinário, acabam se fazendo vórtices de energia, todas as forças polarizando em função de uma grande meta ou um grande ideal. E as vidas humanas em torno deles costumam ser consumidas quais mariposas atraídas pelo calor da luz.

Vamos, todavia, tomar o caso ideal: aqueles que representam conscientemente seu papel de instituição viva, fazendo-se fonte de progresso coletivo, como verdadeiro dínamo evolutivo de grupos inteiros.

Privar de seu contato é empolgante: tudo é diferente neles, e tudo fica diferente sob a ótica e influência deles. Personalidades totalmente fora dos padrões habituais, não se encaixam em nenhum esquema ou modelo pré-formulado. Assim, funcionam como uma lenda ou um mito vivos, mas, simultânea e paradoxalmente, constituem um paradigma novo, e, portanto, não correspondem a nada que tenha existido antes deles. Qualquer assunto, visto por seus olhos, adquire significado e propósito diferentes, cor e sentido diversos do habitual. A filosofia, a ciência e até a moral tomam feições novas sob sua ascendência, e as pessoas sentem uma inclinação irresistível a atender-lhes as conclamações, como se fossem, de fato, as vespas no vespeiro, ou os cupins sob influência do cupim-mãe. Funcionam como cérebros para o corpo coletivo e, como se estivessem tratando com partes de seus corpos, aqueles que se congregam em torno deles tendem a obedecer-lhes cegamente aos comandos, com prazer e entusiasmo, sentindo – e estão certos – a honra de participar e viver Algo Maior, de poder servir ao canal do Mais Alto, para o progresso coletivo.


Não se casam. Ninguém suportaria viver uma relação conjugal com eles. São figuras poderosas demais para caberem numa relação íntima. Seu cônjuge, o mundo; sua família, a humanidade; seu pacto de compromisso e fidelidade é com grupos inteiros, como a figura de uma anciã ou ancião sábios, que, como arquétipos do viúvo ou da viúva integrados, dispensam figuras complementares para que sejam plenos como são e, assim, tornam-se inspiração, liderança e força para toda a comunidade. Irradiam fulgurante e poderosa androginia de si, pelo poder de autossuficiência e completude que enfeixam, como se fossem uma excepcional criatura feminina, com criatividade, intuição, doçura e acolhimento singulares, e, paralelamente, fabulosa personalidade masculina, com objetividade, racionalidade, praticidade e coragem ímpares. São protótipos de anjo, se é que assim podemos nos exprimir, nessa completude das polaridades psicossexuais. Por isso, encaixam-se a todos os psico-tipos emocionais, nutrindo a todos, conforme suas necessidades particulares, doando forças masculinas aos femininos, e femininas aos masculinos.

Não visam a dinheiro, nem poder, nem prestígio, nem nenhum interesse pessoal, tais como posses, viagens ou outros caprichos normais em pessoas comuns. Tudo, para eles, gravita em torno de seu grande objetivo, funcionando como impressionantes lasers psíquicos, focando não só suas forças, mas concentrando as energias de conjuntos inteiros de indivíduos num ideal pré-determinado ou numa meta específica muito bem tracejada.

São complexíssimos e sempre confundem e deixam perplexas as pessoas que com eles convivem, não raro frustrando-as e decepcionando-as. Vivendo um vetor mental semidivino, numa esfera humana de consciência, trazem um conjunto de conflitos e turbilhões psicológicos incompreensíveis ao vulgo, vivendo, com homeostase psíquica inacessível ao observador menos treinado, em meio a diversos padrões arquetípicos aparentemente contraditórios. Em vez de desempenharem apenas um ou dois papéis psicológicos nas relações interpessoais, como sói acontecer a pessoas comuns, uma gama estonteante de figuras míticas e psicológicas fazem rodízio em seu comportamento e se mesclam em cambiantes de ofuscar as mentes mais praticadas em psicologia. Podem, assim, aparentar enorme orgulho e humildade, agressividade e ternura, poder e vulnerabilidade, não só em momentos subsequentes, como a um só tempo. Não só os pares de opostos se contrapõem, numa ciranda atordoante para expectadores externos, mas também as combinações intrincadíssimas entre eles fazem com que a figura da “instituição viva” pareça, realmente, mais uma coletividade que um indivíduo, num apanhado mental de que a síndrome de múltipla personalidade é um pálido símbolo, já que são personalidades extremamente sólidas e integradas, apesar de sua multiplicidade de formas de ser, de sua polifacética forma de se exprimir e ser. Por isso, compreendem com mais facilidade todos os dramas de seus liderados, bem como encontram encaixes psicológicos em si, para toda ordem de pupilo que esteja sob sua responsabilidade.

Não temem se desapegar de ninguém, nem desiludir quem quer que seja. E, como são intensíssimos, profundos e complexos, enorme é a volatilidade da grande maioria de suas relações, já que raríssimos aguentam o ritmo e a intensidade das experiências e vivências perto deles. Portanto, é comum amigos, colegas e parceiros de trabalho e ideal serem substituídos com enorme frequência e velocidade, o que não deixa de ser positivo, em muitos aspectos, não só porque mais pessoas usufruem de um contato próximo com a “instituição viva”, como os processos coletivos que se dão por meio deles podem ser mais facilmente viabilizados, com permuta rápida de elementos, quando componentes antigos não se prestem a novas exigências (frequentes e graves) que aparecem, no contínuo processo criativo, em torno e através de seus passos.

O poder de Deus está com eles, para que realizem, sem impedimentos inamovíveis, as obras de progresso coletivo que lhe foram confiadas. Não poderia ser de outra forma, ou as adversidades não pequenas dos interesses, instituições e segmentos sociais imensos contrariados por seu trabalho solapá-los-iam, ao primeiro sinal de renovação que eles ousassem tentar empreender nos tecidos sociais. Foi por isso que Jesus disse, fazendo alusão a essa estirpe de criaturas humanas: “O que ligardes na Terra, Eu ligarei no Céu; o que desligardes na Terra, eu desligarei no Céu.” Eis porque, irados, são perigosos, como os profetas bíblicos, a gerarem pragas por onde passam, pelo enorme potencial de forças que sempre estão à sua disposição, consciente ou inconscientemente. E, tocados de amor e sentimentos sublimes, assemelham-se a anjos ou avatares, espalhando bênção e abundância por onde passam, lembrando a figura mitológica das “fadas madrinhas”, com um condão miraculoso, a realizar os sonhos dos que se lhes aproximam.

Eles, pela grande diferença de poder e de influência, em comparação com a média terrícola, melhor seriam chamados de Forças da Natureza que de seres humanos. Por isso, quando chegam num ambiente, parecem ocupar todo o espaço ou a maior parte dele, como um grande vórtice de energia e consciência. São seres infinitamente mais velhos que aqueles com quem são dados a conviver, muito embora, em muitos momentos, pareçam tão singelos e ingênuos como crianças, quando vestem um de seus sub-papéis ou subpersonalidades mais vulneráveis, já que nunca têm preocupação em mostrar seus lados fracos, fortes como são, diferentemente do normal dos mortais, que ocultam, a sete chaves, todas as suas reais ou imaginárias susceptibilidades.

De perto ou à distância, você pode conhecer algumas poucas dessas figuras imponentes e majestáticas, não na postura ou no palavreado propriamente, mas na energia e aura impressionante de poder e encanto, realização e paz que delas emanam, irresistíveis. Não precisa temer tais personalidades solares: são abelhas-mães. Embora a abelha-mãe seja chamada normalmente de abelha-rainha, ela é sempre a mãe nutriz e diretriz do grupo. Assim, se privar contato com uma delas, afague seu ventre doído de ovos, como a mãe-cupim, sempre prenhe e parindo rebentos, massageada por enormes legiões de cupins-operárias, para que possa cumprir sua tarefa de procriar a comunidade inteira, sozinha. Nunca terá noção da dor e da angústia de ser um vértice da produção, criação, transformação, integração e síntese coletivas. Assim, seja compreensivo com essas figuras insólitas e necessárias ao progresso geral, e, por fim, preste auxílio e socorro, quanto puder, pelo seu próprio bem, que elas representam.

Por fim, cuidado para, por desejos do ego, não se sentir ou assumir ou desejar ou tentar adotar a posição de uma instituição viva, porque, cedo ou tarde, sua condição egóica será traída, e você será destruído e arruinado, fragorosamente, assim como um fio de estreito calibre é fulminado por uma corrente de alta voltagem, que não consegue suportar. Se você é motivado por poder, dinheiro, sexo ou prestígio, ou mesmo pelo ideal de família e felicidade pessoal, como o carro-chefe de suas motivações, por favor, mantenha-se longe de quaisquer funções das abelhas-mães… ou… será você tragicamente devorado por toda a colmeia, que pensará encontrar em você a grande mãe de todos, e, assim, você será esmagado por solicitações, pressões e cobranças de todos os lados, até o total colapso de suas funções.

Ser uma “instituição viva” é ser capaz de suportar dor psíquica, carência e pressões, com naturalidade e continuidade inconcebíveis para um cidadão médio. É manter-se feliz e motivado, em meio ao caos, à crise, à incerteza e ao pandemônio. E sereno e confiante, quando tudo parece perdido e destruído.

Se não puder ver o mundo nessas macro medidas de valor, vá ser feliz no nível do ego. Um dia, você poderá ser uma abelha-mãe, quando séculos de séculos se passarem, e você sequer for uma sombra do que é hoje.

Salve as grandes abelhas-rainhas, as intuições vivas que nos sustentam o ideal e o espírito. Que Deus as abençoe todas e nos dê juízo no trato com elas, para perturbarmos menos e ajudarmos mais, elas, nossos grandes aglutinadores-catalisadores do progresso e da felicidade gerais.

(Texto recebido em 15 de fevereiro de 2004.)
fonte: https://www.saltoquantico.com.br/instituicoes-vivas/

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

ESPECIAL ELFOS & ELFAS

Os Elfos são divindades da mitologia nórdica; criaturas do crepúsculo e da noite. Embora sejam seres capazes de voar, são seres originários da terra e das águas.

Existem os Elfos da Luz, que são seres etéreos. Os Elfos já foram seres físicos, parecidos com os humanos, porém, com ossos maleáveis - o que os dava vantagem nas lutas que travavam, muitas vezes aliados aos humanos – porém, à medida em que os humanos começaram a destruir a natureza eles se afastaram gradativamente até tomarem uma forma mais sutil.

Existem também os Elfos da escuridão, que são mais densos. Estes seres são entidades maléficas, que provocam pavores da morte quando atraem os humanos a participarem de suas danças noturnas para, em seguida levá-los à loucura ou ao óbito.


Os elfos (segundo descrição de Giraldus Cambrensis, autor galês do século XII) são um pequeno povo de cabelos claros, belos rostos e porte digno, que vivem em uma região escura em que não há sol, nem lua, nem estrelas. Falam pouco e sua maneira de expressar-se é através de um sibilo claro. As mulheres fiam habilmente, tecem e bordam.

Os Sidhes da "tribo de Dana" possuem em sua corte magníficos palácios subterrâneos sepultados embaixo das colinas da Irlanda. Dagda, o soberano supremo dos Thuatha De Dannan", vivia no mais belo deles, o palácio de "Brug na Boinne", no qual se dizia conter três árvores que davam frutos em todas as estações, um copo cheio de um néctar delicioso, um caldeirão mágico e dois porcos, um vivo e outro assado a ponto de ser comido a qualquer hora do dia e da noite. Nesse palácio nada envelhecia ou morria. Imortais e eternamente jovens, os Thuatha De Dannan não conheciam a doença e a velhice.

Se diz que os mortais que têm acesso aos seus palácios encantados, podiam saborear a plenitude do eterno presente e da primavera permanente. Assim foi o que aconteceu com o célebre herói irlandês Finn e seus seis companheiros quando foram atraídos para um dos palácios secretos por uma fad que havia se metamorfoseado em cervo quando eles estavam caçando. Nesse palácio viviam belas ninfas e seus apaixonados.

Se tocava uma música maravilhosa, havia abundante comida e bebida, e os móveis eram feitos de cristal. As vezes, esses palácios estavam dissimulados no fundo dos lagos; quando a água estava clara e pura, podia-se ver na superfície os reflexos das torres das belas construções submarinas.


Quando não residem em suas ilhas ou florestas encantadas, os elfos vivem embaixo da terra, especialmente na Irlanda, Escócia, a ilha de Man e o País de Gales. Parece que em certas épocas do ano, e em determinadas circunstâncias, é possível ver os "sidhes" e entrar em contato com eles.

Em função das fases da lua, as moradas ocultas dos elfos de Highlands surgem da terra e permanecem sustentadas na cúspide de colunas. Então é possível distinguir as silhuetas de seus habitantes e perceber o som de sua voz e da sua música.


Para se ver a entrada das casas dos sidhes, é recomendável realizar nove vezes a volta na colina e na noite de lua cheia. Então a porta de sua morada se abrirá. Senão, é possível colocar a orelha no solo. Se estiver dotado de boa audição, poderá perceber os ecos das diversões que animam ao Povo Pequeno.

As "Colinas Ocas" servem de residência para os elfos, de esconderijo para os tesouros dos anões, de cemitério das fadas, e também de campos santos. Tem-se notícia de que o rei Artur, assim como o rei Sil, costuma cavalgar sobre seu cavalo, vestindo uma armadura de ouro, na colina de Silbury, em Wiltshire. Há uma lenda parecida que envolve uma colina em Bryn, perto de Mold, Clyd Flint, onde também foi visto um cavaleiro que vestia uma armadura de ouro.

O povo comenta que as casas dos elfos são muito grandes e belas, embora invisíveis para os olhos ordinários, mas como em outras ilhas encantadas, possuem luzes de abeto, lâmpadas que ardem sem interrupção e fogos que não têm nenhum combustível que os mantenha acesos.

Entretanto, os elfos da colina não gostam de ser molestados e não permitem serem vistos por simples humanos. Os observadores devem ter paciência e serem discretos. Se conseguirem ganhar a amizade e a cumplicidade do povo invisível, tudo irá bem. Dormir no alto da montanha enquanto os elfos celebram suas festividades era um meio muito bom de obter um passaporte para o seu país.


DIVISÕES DOS ELFOS:
Os elfos têm uma longa história de diásporas, durante as quais adquiriram características próprias. Está listado abaixo uma lista resumida das divisões dos elfos:

QUENDI
Significa “Aqueles que falam com vozes”, e é o termo geral para todos os elfos, inclusive os Avari.


ELDAR

Também chamados de Calaquendi, ou "Elfos-da-luz", denomina todos os elfos que partiram para Valinor:

-Vanyar: Os maiores poetas dos elfos.
São louros de olhos azuis e considerados os mais belos.
Seu rei é Ingwë, o Rei Supremo dos Elfos.
Aprenderam muito com Manwë e Varda.

-Noldor: São os mais sábios e habilidosos.
Com cabelos negros e olhos cinzentos.
Seu rei é Finwë, e aprenderam muito com Aulë.

-Telerin: Dividem-se entre os que chegaram e os que não chegaram a Valinor.
Os que chegaram são chamados de Falmari.
São grandes marinheiros e cantores.
São morenos ou de olhos e cabelos prateados.
Demoraram-se na viagem a Valinor e formam o povo mais numeroso dos elfos.
Seus reis são Olwë e Elwë, este último conhecido por Thingol, que abandonou a viagem para ficar com Melian, a Maia. Aprenderam muito com Ossë.


MORIQUENDI

São os "Elfos-da-escuridão". São chamados assim os elfos que não aceitaram o convite dos Valar e ficaram na Terra-média. Incluem os Avari e os Úmanyar.

AVARI
Significa "Os relutantes". São os elfos que se recusaram a ir para Valinor e cujo destino é incerto.

ÚMANYAR
Nome dado aos elfos que partiram para Valinor, mas não chegaram. Estão incluídos na classe dos Moriquendi, mas não incluem os Avari:

-Eglath: “O Povo Abandonado”, De origem Telerin, eles ficaram na Terra-média a procura de Elwë enquanto os outros iam a Valinor.

-Sindar: Os “Elfos-cinzentos”. São todos os elfos Telerin que os Noldor encontraram em Beleriand à exceção dos Laiquendi.

-Nandor: “Os que dão meia-volta”. Elfos de origem Telerin, que não quiseram atravessar as Montanhas Nevoentas:

-Laiquendi: Os “Elfos-verdes”. Atravessaram as Montanhas Azuis e foram morar em Ossiriand.


-Elfos Silvestres: Permaneceram no Vale do Anduin e na Grande Floresta Verde.





Elfo é uma criatura mística da Mitologia Nórdica e do Paganismo Germânico, que aparece com freqüência na literatura medieval européia.

Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr, também chamados de "elfos da luz" - Ljosalfr.


São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divinos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas.


A palavra "Sol" na língua nórdica era Alfrothul, ou seja: o Raio Élfico; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos e anões.

Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais.


Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos, estreita ligação com a natureza e geralmente como ótimos arqueiros.


As mais antigas descrições de elfos vêm da Mitologia Nórdica. Eram chamados álfar, de singular álfr.

Outros seres com nome etimologicamente relacionados a álfar sugerem que a crença em elfos não se restringe aos escandinavos, abrangendo todas as tribos Germânicas. Essas criaturas aparecem em muitos lugares.

Shakespeare as imaginava como seres pequeninos, descrição essa que o autor de O Senhor dos Anéis, Tolkien, odiava. Seus próprios elfos eram sábios, altos, belos e quase imortais.
Literalmente, os elfos são gênios que, na mitologia escandinava, simboliza o ar, a terra, o fogo e água.

No poema Völundarkviða, o herói ferreiro Völundr foi chamado "Governante dos Elfos" (vísi álfa) e "Rei dos Elfos" (álfa ljóði). A introdução em prosa desta obra também o identifica como filho dos Finns ou fineses, povo ártico respeitado por sua magia xamânica.

Na Saga de Thidrek, uma rainha humana descobre que o amante que a engravidou é um elfo e não um homem e depois dá à luz o herói Högni.


Na Saga de Hrolf Kraki, um rei chamado Helgi estupra e engravida uma elfa vestida de seda que era a mulher mais bela que jamais vira. A elfa dá a luz a meia-elfa Skuld, muito capaz em feitiçaria (seiðr) e quase invencível em batalha. Quando seus guerreiros caíam, ela os fazia erguerem-se de novo para continuar a luta.

A única forma de derrotá-la era capturá-la antes que pudesse convocar seus exércitos, que incluíam guerreiros elfos. Skuld casou-se com Hjörvard, que matou Hrólfr Kraki.

Também o Heimskringla e na Saga de Thorstein, o Filho do Viking, relatos de uma linhagem de reis locais que governaram Álfheim, correspondente à atual província sueca de Bohuslän, cujos naturais desde então teriam sangue élfico e tinham a reputação de serem mais belos que a maioria dos humanos.

O primeiro rei se chamou Alf (elfo) e o último, Gandalf (Elfo do Bastão, inspiração para o Gandalf tolkeniano).


Os elfos são também descritos como semideuses associados à fertilidade e ao culto dos ancestrais, como os daimones gregos. Como espíritos, os elfos podem atravessar portas e paredes como se fossem fantasmas, o que acontece nas Norna-Gests þáttr.

O mitógrafo e historiador islandês Snorri Sturluson referiu-se aos anões (dvergar) como "elfos da escuridão" (dökkálfar) ou "elfos negros" (svartálfar) e referiu-se aos outros elfos como "elfos da luz" (ljósálfar), o que freqüentemente foi associado com a conexão dos elfos com Freyr, o deus nórdico do Sol (segundo Grímnismál, Edda Poético).

Na poesia e nas sagas nórdicas, os elfos são ligados aos Æsir pela frase muito comum "Æsir e os elfos", que presumivelmente significa "todos os deuses".

Alguns eruditos comparam os elfos aos Vanir (deuses da fertilidade). Mas no Alvíssmál ("Os ditos do Conhecedor de Tudo"), os elfos são considerados diferentes tanto dos Vanir quanto dos Æsir, como mostra uma série de nomes comparativos na qual são dadas as versões dos Æsir, dos Vanir e dos elfos para diferentes palavras, refletindo as preferências de cada categoria.

É possível que haja uma distinção de estatuto entre os grandes deuses da fertilidade (os Vanir) e pequenos deuses (os elfos). Grímnismál relata que Frey (um dos Vanir) era o senhor de Álfheimr. Lokasenna diz que um grande grupo de Æsir e elfos reuniu-se na corte de Ægir para um banquete.

Menciona vários poderes menores, servos dos deuses como Byggvir e Beyla, pertencentes a Freyr, the lord of the elves, que eram provavelmente elfos, pois não são contados entre os deuses. Dois outros servos mencionados são Fimafeng (morto por Loki) e Eldir.


Um poema composto por volta de 1020, o Austrfaravísur ("Versos da Jornada para o Leste"), Sigvat Thordarson diz que, por ser cristão, recusou-se a entrar em um lar pagão, na Suécia, porque um álfablót ("sacrifício aos elfos") estava em curso.

Provavelmente, tal sacrifício envolvia uma oferenda de alimentos. Da época do ano (próxima do Equinócio de Outono) e da associação dos elfos com fertilidade e ancestrais, pode-se supor que isso estava relacionado com o culto dos ancestrais e da força vital da família.

A Saga de Kormák, por sua vez, relata como um sacrifício aos elfos podia curar um ferimento de guerra.

Considerando a tradição inglesa, a palavra elf do inglês moderno vem do inglês antigo ælf (pl. ælfe, com variantes como ylfe e ælfen). Originalmente, referia-se aos elfos da mitologia nórdica, mas também as ninfas dos mitos gregos e romanos foram traduzidas pelos monges anglo-saxões como ælf e suas variantes.

Elf-shot, ou elf-bolt ou elf-arrow, "flecha élfica" é uma palavra encontrada na Escócia e Norte da Inglaterra desde o século XVI, inicialmente com o sentido de "dor aguda causada por elfos", mas que depois passou a denotar pontas de flecha de pedra lascada, do neolítico, que no século XVII eram atribuídas pelos escoceses aos elfos e usadas em rituais de cura.

Supostamente eram também usadas por bruxas (e, talvez, elfos) para causar mal a pessoas e gado.

Tufos de cabelo embaraçado eram chamados elf-lock ("madeixa élfica") e supostamente causados por travessuras dos elfos. Paralisias repentinas eram às vezes atribuídas a golpes élficos.


A maioria dos elfos mencionados em baladas medievais inglesas são do sexo masculino e freqüentemente de caráter sinistro, inclinados ao estupro e assassinato, como o Elf-Knight (Cavaleiro Elfo) que rapta a rainha Isabel. A única elfa mencionada com freqüência é a Rainha dos Elfos, ou da Elfland.

Já nos contos populares do início da Idade Moderna, os elfos são descritos como entidades pequenas, esquivas e travessas, que aborrecem os humanos ou interferem em seus assuntos. Às vezes, são consideradas invisíveis. Nessa tradição, os elfos se tornaram sinônimos das "fadas" originadas da antiga mitologia céltica, como os Ellyll (plural Ellyllon) galeses.

Mais tarde, a palavra elf, assim como o termo literário fairy, evoluiu para denotar, em geral, vários tipos de espíritos da natureza, como pwcca, hobgoblin, Robin Goodfellow, o brownie escocês e assim por diante. Esses termos não são mais claramente distinguíveis no folclore e passaram a ser equivalentes do igualmente genérico termo português encantados.


Uma lenda diz que se alguém espalhar folhas de escambroeiro ou espinheiro-cerval (Rhamnus cathartica, em inglês blackthorn, de frutos purgativos) em um círculo e dançar dentro dele sob a lua cheia, aparecerá um elfo.

O dançarino deve ver o elfo e dizer, Halt and grant my boon! ("Pare e me dê a bênção!") antes que ele fuja. O elfo atenderá então a um desejo.

Os elfos possuem mãos e pés grandes em comparação ao resto de seu corpo. Suas pernas são extremamente finas e apresentam orelhas e narizes pontiagudos. Suas bocas também são muito largas. Já sua pele é geralmente rugosa, mas sua cor vai variar segundo a tribo que pertence.

Eles são de uma natureza intermediária entre o homem e o anjo, apresentam espírito inteligente e curioso, corpo fluídico e são mais visíveis no crepúsculo


Os elfos da tradição escandinava e celta medem cerca de 25 a 30cm. Entretanto, não são todos iguais, pois alguns são conhecidos como elfos de luz e outros como elfos escuros. Os elfos luminosos possuem o corpo transparente e, como tais, podem atravessar qualquer corpo sólido. Inclusive podem demorar-se sobre o fogo, sem que esse chegue a afetá-los. Os elfos, portanto, podem viver no interior de qualquer lugar, mas preferem construir suas casas, muito ocultas e saindo somente a noite para evitar de serem vistos.

Os elfos escuros são em maior número que os luminosos e habitam o interior dos troncos das árvores, em cujas imediações adoram viver. Mas como também são amantes da música, podem ser vistos nas correntes dos rios, no mar e nos saltos das cascatas, que possuem seu próprio ritmo. Dos sensuais lábios dos elfos, desprendem-se doces canções, que encantam os ouvidos de qualquer mortal.

A organização élfica varia dependendo de cada povoação que estão dispersas pelo mundo inteiro e vão desde pequenos assentamentos até grandes cidades. A estrutura social de cada povoado dependerá de diversas opções, normalmente são governados por um conselho de sábios, feiticeiros e militares ou algum regente.

Os elfos possuem uma variedade de ocupações que vão de guerreiros a agricultores e até construtores e guardiães das portas do céu. Destacam-se ainda pelo grande conhecimento sobre artes.

Todas as cidades élficas são dotadas de grande beleza, pois são seres muito habilidosos em todas as tarefas que empreendem. Seus gostos são refletidos em suas obras e suas casas. Se interessam pela beleza da natureza, pela dança, pelo canto e pelo jogo.

Não fazem amigos com facilidade, pois são muito reservados. Procuram manter-se afastados dos humanos.

Os elfos são temidos por outras raças, pois são excelentes guerreiros e caçadores. Acreditam que qualquer forasteiro é um inimigo em potencial, que poderá roubá-los e enganá-los. Entretanto, os ataques dos elfos contra inimigos, raramente são sangrentos.

Há muito tempo atrás, os Elfos se aliaram aos humanos. Eles auxiliaram os homens nas batalhas contra seus inimigos comuns, os Trolls e outros monstros. Quando os homens viviam em harmonia com a natureza e não destruía as florestas e nem poluíam os mares e o ar, todas as boas entidades elementais colaboravam com os humanos. Essa harmonia incluía também outros protetores da natureza.


Os dois reinos, Élfico e Humano, viviam em harmonia e troca de favores uns para com os outros. Eles viviam como amigos e até faziam acordos de guerra e paz com outras entidades que habitavam o planeta Terra.

Haviam romances e até casamentos entre Elfos e humanos.


Os elfos não são seres que possam ser subjugados para se obter algo, pois sua natureza é bem diversa dos outros elementais.

Eles são muito independentes e jamais alimentarão desejos humanos torpes e egoístas.

Para entrar em contato com os elfos, deve-se dirigir a lugares onde costumam habitar:
bosques, dólmenes, templos abandonados, rios, lagos, lugares que não costumam ser visitados pelos seres humanos.

Ao se chegar ao local, deve-se sentar-se no solo ou em uma pedra e chamá-los com amabilidade.

Se for possível, deve-se recitar algum poema, realizar um rito ou cantar uma canção élfica. Pode-se também levar alguns presentes como doces, cervejas, etc.

Não peça nada, apenas desfrute da mágica companhia dos elfos.
Se conseguir despertar atenção, já será uma grande vitória.


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