É muito comum, hoje em dia, ouvir falar sobre Almas Gémeas - aquela outra metade de nós, que já foi una connosco num tempo primordial. Existem companheiros de almas, que cumprem outros propósitos na nossa vida e que podem permanecer por períodos mais ou menos longos, almas irmãs e grupos de almas, mas apenas temos uma chamada "Chama Gêmea" ou "Alma Gêmea". No entanto, podemos enganar-nos e confundir uma Falsa Alma Gémea com "a" Alma Gêmea. Conheça as diferenças!
De acordo com a teoria das Almas Gêmeas, todos nós já fomos unos com outra alma no início dos tempos. Apesar de o termo "Alma Gêmea" ser muitas vezes usado de forma leviana, ou até confundido com companheiros de almas ou com almas irmãs, ele designa uma única alma que, porque já foi una com a nossa energia, é o seu complemento exato.
Até há bem pouco tempo era raro que as Almas Gêmeas se encontrassem porque a energia entre elas é de tal maneira forte que dificilmente estariam preparadas para esse encontro. No entanto, com a entrada na Era de Aquário começou a haver a reunião de cada vez mais Almas Gémeas, porque elas têm um propósito muito importante para cumprir: quando duas Almas Gémeas finalmente se encontram (muitas vezes encarnam em épocas desencontradas), têm como missão contribuir para elevar a energia universal cósmica.
Mas na era em que vivemos, em que muitas pessoas estão já informadas sobre este assunto e anseiam encontrar a sua alma gémea, acontece com frequência crescente um outro fenómeno, também ele muito importante:
O encontro com uma Falsa Alma Gémea
Em primeiro lugar, este encontro acontece em circunstâncias inusitadas, de forma inesperada. É um romance que, logo desde o início, parece estar destinado a acontecer - e por isso começa por ser confundido com o encontro com a verdadeira Alma Gémea.
O encontro com uma Falsa Alma Gémea acontece numa altura da sua vida em que precisa de aprender uma lição muito importante sobre o amor. Pode encontrar-se dentro de um relacionamento abusivo, que o desvia do propósito da sua alma, e a sua Falsa Alma Gémea surge na sua vida para ajudá-lo a libertar-se desse relacionamento.
A sua Falsa Alma Gémea já firmou um acordo consigo antes de encarnar, estando disposta a vir ajudá-lo a aprender essa lição. Por isso, apesar de ser alguém que o vem deixar em sofrimento porque não corresponde ao seu amor, é na verdade uma alma que também está ligada a si, estando a ajudá-lo.
A Falsa Alma Gémea surge na sua vida porque partilha consigo a mesma ferida. Ambos têm karmas relacionados com o abandono, o medo e a rejeição, e são eles que vos unem, e que possivelmente até já vos uniram antes, numa encarnação anterior.
O encontro com uma Falsa Alma Gémea faz com que tenhamos de lidar com os nossos próprios traumas e padrões de comportamento, compreendendo quem realmente somos.
Regra geral, esta relação é composta por uma pessoa empática (a "vítima") e uma pessoa do tipo narcisista (a Falsa Alma Gémea).
No momento do encontro nenhum dos dois está seguro a respeito de si próprio, mas agem de formas muito diferentes:
- a Falsa Alma Gémea procura manipular a pessoa empática, brincando com os seus sentimentos e alimentando-se deles como um vampiro emocional, agindo dessa forma para se compreender a si próprio;
- a pessoa empática, que carrega uma enorme ferida emocional, agarra-se afincadamente a todas as ilusões projetadas por este relacionamento, acreditando que encontrou a sua verdadeira Alma Gémea. A um nível consciente, esta pessoa apenas quer amar e ser amada. A um nível inconsciente, preenche o seu campo energético com sentimentos e pensamentos como "Não mereço ser amada", "Nunca ninguém me vai amar", "Não sou suficientemente boa para que alguém me ame."
É muito comum que estes sentimentos tenham surgido na infância, recebidos de um dos progenitores, ou de ambos. Também acontece muitas vezes que um dos progenitores já tivesse este tipo de sentimentos em relação a si próprio e mantivesse um relacionamento de dependência em relação ao outro progenitor. Noutros casos, os pais indiretamente projetaram estas crenças na criança por não terem sido capazes de lhe dar a devida atenção, reconhecimento e afeto.
A um nível subconsciente, a Falsa Alma Gêmea também não se sente merecedora de amor, mas foge do confronto com esse sentimento, adotando uma postura egocêntrica e manifestando uma personalidade narcisista. Muitas vezes age como quem se acha a pessoa mais atraente e mais inteligente, e como se a pessoa empática devesse sentir-se afortunada por ter um relacionamento com ele. Esta projeção exagerada do ego é um mecanismo de defesa - porque a Falsa Alma Gêmea tem muito medo do abandono.
Este relacionamento desenvolve-se sempre em torno da ferida que ambos partilham, embora não tenham consciência disso. Respondem sempre de acordo com os mesmos modelos internos que precisam de ser trabalhados, e por isso todas as interações nesta relação desembocam nessas fragilidades - o ciúme, a insegurança, o sentimento de rejeição, o abandono.
Uma vez que a Falsa Alma Gémea tem medo de ser abandonada, porque tem enraizados e escondidos dentro de si sentimentos de rejeição e abandono, ela cria uma distância não so emocional, como também física, com a outra pessoa. É ela que decide quando se encontram, por quanto tempo, e onde.
Ao agir desta forma, a Falsa Alma Gémea sente que a sua felicidade não depende da outra pessoa e garante que não será abandonada nem rejeitada caso a outra pessoa decidisse cancelar o encontro, porque isto nunca acontece:
como os encontros, determinados pela Falsa Alma Gémea, são tão raros, inesperados e imprevisíveis, a pessoa empática agarra-se devotamente a essa possibilidade de estarem juntos e faz tudo para que se encontrem, mesmo que tenha de sacrificar outra prioridade pessoal em prol desse encontro.
A Falsa Alma Gémea torna-se uma espécie de droga da qual a outra pessoa se torna dependente: como nunca sabe quando vai voltar a estar com aquela pessoa vive numa constante ansiedade, sempre à espera desse momento, a desejá-lo, a rezar para que aconteça.
Toda esta energia da pessoa empática (que sente este relacionamento como algo incomparavelmente mais forte do que tudo o que já viveu antes) alimenta o ego da Falsa Alma Gémea, fazendo-a sentir-se poderosa, e dessa forma sempre mais determinada a assumir este papel de domínio e manipulação.
Depois dos encontros, no período de vazio em que muitas vezes a Falsa Alma Gémea não dá notícias, mesmo depois de terem vivido momentos maravilhosos ou terem tido encontros de intensa paixão, a pessoa empática sente-se completamente exausta energeticamente, desanimada, como se tivessem arrancado uma parte de si. Dali a algum tempo a Falsa Alma Gémea reaparece, como se nada fosse, reavivando todos os sentimentos dentro da pessoa empática, que facilmente se deixa novamente envolver, voltando a alimentar-lhe o ego.
Uma boa notícia!
Se já viveu, ou está a viver, um relacionamento com uma Falsa Alma Gémea, saiba que ela surge muitas vezes para preparar o encontro com a sua verdadeira Alma Gémea. Assim, este relacionamento serve para fazê-lo trabalhar dentro de si os aspetos que ainda precisam de ser trabalhados em relação ao amor, afastando de si os sentimentos de rejeição e insuficiência amorosa que o têm impedido de encontrar a sua verdadeira Alma gémea. A Falsa Alma Gémea vai obrigá-lo a desenvolver um tal amor próprio que, ao aprender a amar-se, o deixará pronto para a União Divina com a sua Alma Gémea.
Fonte: https://www.mariahelena.pt/pt/pages/cuidado-essa-pessoa-pode-ser-a-sua-falsa-alma-gemea
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