sábado, 3 de dezembro de 2022

A Árvore Cabalística da Vida


A Cabala é uma doutrina secreta judaica, com um aspecto esotérico e místico, sendo uma das doutrinas mais antigas e mais belas. A árvore da vida, é o centro desta religião, onde é divulgada cada ligação energética, sendo muito complexo aprender tudo num só dia, demora talvez anos de estudo profundo.
Toda a cultura judaica se focaliza muito no estudo da angeologia, e a sua ligação com os seres humanos, dando grande importância aos vários sistemas de evolução angélica, estes ensinamentos sagrados não estão dispostos a todos, inclusive só um pequeno número de rabinos judeus serão realmente cabalistas.

Os seus ensinamentos começaram a ser divulgados perto da época da Ordem de Melquisedeque e de Abraão.

A Árvore da Vida Cabalística, fornece a explicação da criação, constituída por dez círculos, chamados de Sephiroth ou Luzes, que simbolizam a divisão das dez partes da criação, independentes mas unidas ao mesmo tempo, formando um todo universal. Também é chamado de o sistema de ascensão, os dez caminhos para ir a Deus, o que nos mostra cada esfera como uma maneira única mas ao mesmo tempo universal para chegar á Divindade.

Agora vou passar á explicação de cada esfera da árvore da vida para que possam mais a frente entender o processo da unificação da energia do Homem á Divina.

A esfera do topo, chamada de Kether, é denominada como a Coroa da árvore da vida, ligado ao planeta Úrano, envolve uma energia acima de qualquer uma, é o topo da ascensão, a união com o Pai, estando regido pelo Arcanjo Metatron, o líder do anjos e arcanjos.

A segunda esfera, a do lado direito, chama-se Chokmah, a Sabedoria, a sapiência e o discernimento de encontrar a melhor maneira de ir a Deus, a sabedoria ancestral e divina que nos permite aceitar e caminhar pelos caminhos da ascensão, estando ligado com o planeta Neptuno, regido pelo Arcanjo Ratziel, da energia da cura e da sabedoria.

A terceira esfera, localizada do lado esquerdo, Binah, a Compreensão, é de uma energia mais ténue, mais suave, ligada ao Amor Divino e á expressão materna, estando no mesmo nível da esfera da sabedoria, mostra que ambas necessitam equilíbrio para chegarmos a Deus, esta esfera está ligada ao planeta Saturno, regido pelo Arcanjo Tzaphkiel, arcanjo ligado ao renascimento e arte.

A quarta esfera, em baixo da esfera da Sabedoria, chama-se Chesed, a Misericórdia, que tem os seus caminhos ligados directamente á sabedoria, o que nos mostra que o acto do arrependimento e do perdão é o mais sublime acto para ascendermos e irmos para o contacto de Deus, pois temos que encontrar Deus em todos nós, e saber que cada um de nós faz parte da mesma essência Divina, qual seja a religião ou raça. O planeta associado a esta esfera é Júpiter, e a ordem angélica é do Arcanjo Ezequiel, o arcanjo director do sétimo raio, violeta, da transmutação e libertação do karma.

A quinta esfera, em baixo da esfera da compreensão, é Geburah, a Força, um dos princípios mais importantes, a força de vontade, a fé para chegar a Deus e nunca desistir dos nossos objectivos divinos, esta esfera está ligada ao planeta Marte, e á sua energia de força. O Arcanjo responsável por esta Sephiroth é o Arcanjo Camael, um dos arcanjos regentes do primeiro raio, da força.

A sexta esfera, que fica entre Chesed e Geburah, é Tiphareth, a Beleza, e quando se fala em beleza, é beleza interior, espiritual, uma pureza superior, saber libertação e dar ao mundo a nossa beleza, cada pessoa tem a sua própria beleza, ás vezes o problema é saber canalizá-la para a matéria, para o exterior. O astro ligado é o astro rei, o Sol, tal como o Arcanjo é o Arcanjo Miguel, o excelso arcanjo o príncipe.
A sétima esfera está localizada em baixo de Chesed, Netzach é o seu nome, a Vitória, a vitória na luta contra o nosso pior inimigo, o ego, aquele que muitas vezes nos enlouquece e nos obriga a cometer actos que nunca desejamos, que nos cega, que nos faz ter sentimentos e emoções negativas, quando nos libertamos do ego, aí o caminho é muito mais sublime e simples, é uma pura libertação para percorrermos o caminho, ou melhor, treparmos a árvore da ascensão em serenidade. O planeta ligado é Vénus, tal como está ligado ao Arcanjo Ariel, grande ser de amor.

A oitava esfera fica em baixo de Geburah, Hod é o seu nome, o Esplendor, atua como uma esfera gémea de Netzach, ambas estão caracterizadas pelo mesmo tipo de energias, ligando-se mais a energia da cura. O planeta ligado a esta esfera é Mercúrio e o também está ligado ao Arcanjo Rafael.

A nona esfera faz parte já do tronco da árvore da vida, está mais próxima da base, chama-se Yesod, o Fundamento, chama-se também a abertura do conhecimento, a iniciação no caminho espiritual, é ali que temos acesso para a energia de todas as outras esferas. Está ligada á Lua e ao Arcanjo Gabriel.

A décima e última Sephiroth, é Malkuth, o Reino, simboliza a base e a raiz da árvore, é ali que tudo floresce, a ligação com a matéria, onde tudo toma forma e ascende, simboliza o Ser Humano no seu processo iniciático. Está ligada ao planeta Terra e aos quatro elementos (Fogo, Ar, Água e Terra), e o Arcanjo Sandalphon, rege esta mesma esfera, o arcanjo da materialização da energia.

Acabei de dar uma explicação simples de cada esfera, óbvio existem muitas mais informações e ensinamentos que podem ser aplicados na árvore da vida, imensos, mas tal como já disse antes, demoraria anos para conseguir completar tudo, por isso me limitei a vos transmitir a explicação básica do que é a árvore da vida, para caso sintam sintonia por estes ensinamentos que os possam estudar.

Lembrem-se que a Cabala é uma das religiões mais antigas do nosso planeta, e que contém ensinamentos dados pela Hierarquia Angélica, e tal como existem estas dez Sephiroth de Luz, existem muitas mais, mas estas são aquelas com que nos devemos focar nesta vida, para caminhar para a ascensão, ensinamentos estes que contêm nada mais nada menos a informação necessária para sabermos o caminho a seguir.

Estudem sempre as maravilhas que a humanidade tem para nos dar, pois temos grandes ensinamentos, procurem o ancestral.

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